Como se não houvesse espera - Centro Cultural Justiça Federal [RJ, 2014]

by - julho 14, 2017



Como se não houvesse espera - Ivair Reinaldim

Como se não houvesse espera apresenta no Centro Cultural Justiça Federal (CCJF) um recorte da produção de Elisa Castro, Eloá Carvalho, Luane Aires, Maria Mattos, Patrizia D’Angello, Raul Leal, Rebeca Rasel e Viviane Teixeira, jovens artistas da cidade do Rio de Janeiro. Com curadoria de Ivair Reinaldim, reúne pinturas, desenhos, fotografias, vídeos e uma intervenção espacial, um conjunto de propostas visuais que versam sobre situações e temas relacionados a silêncios, pausas, partidas e esperas, limites e passagens entre o interior e o exterior.


Partindo da pintura Menina lendo uma carta junto à janela aberta (c. 1657), do holandês Jan Vermeer, o curador procurou salientar referências visuais/metafóricas como CARTA e JANELA. Carta simboliza aquilo que vem de fora para dentro, as notícias, as boas novas, o ausente que se faz presente. Janela é uma membrana, película que separa o interior do exterior, evidenciando receptividade para o que vem de fora. Estar diante da janela é também desejar (aquilo ou alguém que está distante). A passagem literária de Alain Robbe-Grillet para o roteiro original de O ano passado em Marienbad (1961), também forneceu alguns signos importantes para o projeto, em diálogo com a arquitetura eclética do CCJF, tais como UMBRAL e JARDIM. O umbral da porta, estrutura que marca a passagem, a caminhada, o deslocar-se no espaço, está presente de modo emblemático no ambiente expositivo; o jardim representa o exterior, o lado de fora, o sair para o mundo, em direção ao paraíso alcançado. A partir desse repertório chave, novos signos surgem: a mesa, o corredor, o espelho, a cortina, a neblina; enfim, toda uma série de alusões na passagem sutil entre a carta e a janela.


“Carta simboliza aquilo que vem de fora para dentro, as notícias, as boas novas, o ausente que se faz presente. Janela é uma membrana, película que separa o interior do exterior, evidenciando receptividade para o que vem de fora. Estar diante da janela é também desejar (aquilo ou alguém que está distante)”, diz o curador.


Como se não houvesse espera
Curadoria: Ivair Reinaldim
 
Artistas: Elisa Castro, Eloá Carvalho, Luane Aires, Maria Mattos, Patrizia D’Angello, Raul Leal, Rebeca Rasel e Viviane Teixeira

Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), 3o andar
Abertura: 16/01/2014, às 19h
Visitação: de 17/01 a 27/02, terça a domingo, das 12h às 19h
Conversa com curador e artistas: 20 de fevereiro, às 18h

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